wisc
Material elaborado pela Prof. Érika Leonardo de Souza
AS ESCALAS WECHSLER E O CONCEITO DE INTELIGÊNCIA
Tradicionalmente, as Escalas Wechsler têm sido incluídas entre os instrumentos mais conhecidos para a avaliação do QI, embora também sirvam a outros propósitos, quando, então, eventualmente, o QI pode ser o dado menos importante entre os subsídios obtidos (Cunha, 2000)
Em todo caso, principalmente ente leigos, medida de inteligência associa-se a QI, e muita gente pensa que QI é uma síntese da inteligência de uma pessoa.
(Cunha, 2000). De acordo com McGrew e Flanagan, 1998 apud Cunha, 2000), o construto de inteligência tem sido proposto para explicar e esclarecer o complexo conjunto de fenômenos que justificam as diferenças individuais em termos de funcionamento intelectual.
Qualquer instrumento de mensuração da inteligência, na realidade, só mede algumas áreas de funcionamento. Assim, um QI é uma estimativa do nível atual de funcionamento, enquanto este é medido pelas várias tarefas requeridas num teste.
Sendo uma medida do nível atual, fica claro que não se trata de um dado fixo e imutável, podendo
variar
conforme
uma
série
de
fatores
ambientais,
psicopatológicos ou outros, que afetam as funções cognitivas, além de variáveis que podem influenciar o desempenho nas tarefas envolvidas, como compreensão das instruções, motivação, empenho em dar uma determinada impressão, etc.
O WISC, mais do que uma medida de inteligência, é um importante auxiliar no processo diagnóstico total. Por isso, o psicólogo não deve orientar o inquérito apenas para fundamentar o escore, mas para uma compreensão mais ampla e profunda, que possa revelar não só peculiaridades na organização do pensamento, mas também conteúdos emocionais, que não devem passar despercebidos. Apesar de ser um teste psicométrico, algumas respostas podem assumir características projetivas, especialmente nos subtestes verbais e em alguns de execução