Caso Joey
- Mãe de Joey não sentiu prazer em estar grávida, nunca se deu conta da gravidez.
→ não houve um investimento libidinal da mãe para o bebê desde a gestação
- O pai também se manteve ausente em relação ao Joey
→ não houve um prolongamento do narcisismo parental referente à história dos desejos edípicos dos pais.
- Após o nascimento, a mãe viu seu filho mais como coisa do que pessoa.
→ a mãe não o viu como objeto de desejo. Joey não teve um olhar de modo a desejá-lo libidinalmente.
- A mãe estava apavorada com a maternidade e sua responsabilidade.
→ seu modo de defesa foi o afastamento de Joey. A partir daí houve uma ruptura da função materna.
- Ninguém o embalava nem brincava com ele.
→ embalar o bebê é importante para que ele se veja como objeto de desejo de sua mãe; sua pele e seu corpo como alvo do amor e libido da mãe. Há também uma definição dos contornos do corpo do bebê; além do olhar materno, do manhês presentes no embalo.
→ não houve isso no caso Joey, favorecendo o fechamento autístico do menino.
- Bater a cabeça ritmicamente, para frente, trás e lados.
→ início das estereotipias
→ descargas motoras
→ defesa contra lembrança de traços mnésicos ou percepções dolorosas do mundo exterior
- Distanciamento da mãe
→ sem olhar materno, Joey nunca tomou a posição ideal aos olhos dela. Não foi visto pelo desejo do Outro.
→ portanto, não passou pelo Estádio do Espelho, indispensável para o advento da subjetivação.
→ um dos motivos para Joey se fechar autisticamente.
- Distância de seus pais
→ isolamento como uma defesa.
→ aconteceu uma exclusão com Joey, pois não havia inscrição do sujeito.
- Pai militar e sua volta para casa. Tensões entre o casal e medo da guerra.
→ sempre há um acontecimento marcante para a família durante os primeiros meses de vida do bebê. (Rocha, 1997).
→ esses acontecimentos podem ter afastado ainda mais os pais de Joey, não o vendo como