Winnicott e a tendência anti-social
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Psicologia
Winnicott
Winnicott e a tendência anti-social
RESUMO
O presente trabalho tem o objetivo de discorrer sobre a tendência anti-social e como essa inicia no indivíduo, considerando principalmente a relação mãe-bebê e os seu sugestionamento sobre a personalidade da criança. Para exemplificar esse relacionamento e uma de suas possíveis consequencias, foi utilizado o livro e filme “Precisamos falar sobre Kevin”, seguindo o modelo teórico do psicanalista D. W. Winnicott.
INTRODUÇÃO
Winnicott não considera a tendência anti-social como um diagnóstico, sendo possível encontrá-la tanto em um sujeito neurótico, psicótico quanto em um perverso, não sendo ela restrita a nenhuma faixa etária. Para este autor, ela se caracteriza por um elemento inconsciente no sujeito que faz com que ele sinta necessidade de ser cuidado e “barrado” por alguém, que deve corrigí-lo. A formação da tendência anti-social será discutida ao longo do artigo, principalmente considerando a relação mãe-filho, uma vez que essa tendência apresenta uma relação direta com a privação emocional sofrida quando o sujeito era criança.
MÉTODO
Para a construção desse artigo foi feita um revisão bibliográfica dos textos de Winnicott a respeito da agressividade e da tendência anti-social, bem como de outros autores que seguem a teoria winnicottiana. Além disso, o livro “Precisamos falar sobre Kevin” (2012) um romance de Lionel Shriver, e o filme homônimo adaptado do best-seller, foi analisado e discutido, a fim de estudar o início da relação mãe-bebê e os sugestionamentosn sobre a tendência anti-social.
DISCUSSÃO
A tendência anti-social
Uma das teses de Winnicott era que a tendência anti-social está inerentemente ligada à privação, resultante do fracasso ambiental na etapa da dependência relativa da criança. A criança sofre privação quando começa a lhe faltar