Winicott
Docente: Nadja Nara Barbosa Pinheiro
Curso: Psicologia
Disciplina: Psicanálise
Relação do caso apresentado por Maira Bene com as teorias de Freud e Winnicott:
A menina que foi analisada por Bene possui 11 anos, já havia passado por sete psicólogos. A mãe da menina separou do pai dela, pois segundo ela o marido não suportava o choro da criança. O neurologista havia diagnosticado-a com Síndrome de Asperger. Foi expulsa da escola, pois havia furado o olho do coleguinha com um lápis. A mãe relatava que a menina não possuía problemas e que se elas morassem em uma casinha distante somente as duas não haveria problema.
Durante a análise a menina não queria entrar no consultório, pois ansiava que a mãe estivesse presente e sempre que entrava na sala, jogava as coisas, cuspia na analista e por todo o ambiente. Por que ela possuía tanta necessidade da mãe, o que a agonizava e porque era tão agressiva?
Winnicott dará ênfase as relações maternas quase que como fundamento para a formação do bebê. Entre a angústia originária, necessidades de sustentação vitais do bebê e as demandas da mãe (holding) abre-se um espaço intermediário transicional psico-somático que vai sendo delimitado corporalmente e psiquicamente através da leitura que o bebê faz da demanda da mãe e como está vai se inscrevendo em seu corpo. A mãe procura modular a subjetividade do bebê que ainda não está presente, há um potencial paradoxal do ego, ele ainda não está constituído, mas está em potencial. A mãe e o Bebê a principio são um e no entanto há múltiplos. Dentro desse espaço a medida que a mãe vai adaptando o filho ao ambiente, nem todas as necessidades vão sendo traduzidas, abrindo-se falhas, pois essas interpretações mãe-bebê nunca serão completas e caso essas falhas sejam intensas e não contornadas pode ocorrer a ameaça de um colapso (bradkdown) promovendo uma descontinuidade na potencialidade de amadurecimento do ego. De acordo com Davis, Shepherd & Winnicott