Willian Lopes
A criação e a implementação de ambientes para cuidados intensivos constituem um direito e uma necessidade de todos os seres humanos, meta a ser perseguida pelos profissionais de saúde, incluindo-se aí a enfermeira, que deve ser comprometida em prover conforto e bem-estar ao processo de viver e morrer, utilizando cuidados que preservem e estimulem a vida.
A atenção ao recém-nascido (RN) deve ser estruturada e organizada, pois este faz parte da população sujeita a riscos.
A assistência, portanto, não deve ser direcionada somente para condutas técnicas operacionais, mas também para uma tecnologia associada ao acolhimento, desenvolvendo uma visão esclarecedora, que vem do “olho do coração” do cuidador para o ser que está sendo cuidado em sua integralidade, respeitando sua individualidade.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o recém- nascido pré-termo (RNPT) é aquele que nasce com idade gestacional inferior a 37 semanas; é, por necessidade vital, separado de sua mãe e conduzido à Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal (UTIN), onde se deparará com um ambiente muito diferente daquele no qual se encontrava(1).
As luzes são contínuas e fortes, e o nível sonoro é alto. O bebê passa a ser excessivamente manuseado, cerca de 134 vezes em 24 horas, durante a fase mais crítica, tanto por procedimentos dolorosos quanto para cuidados de rotina(2).
Na tentativa de melhorar o estado de saúde do RNPT, os profissionais que dele cuidam realizam muitos procedimentos como intubação, ventilação mecânica, inserção de cateteres, além de punções venosas que podem prolongar-se por muitos dias, favorecendo a um processo de excessivos episódios de manuseio. O recém-nascido permanecerá por algum tempo em uma incubadora, longe do carinho e do aconchego de sua mãe, sentirá não o cheiro do leite e da pele materna, mas o odor de substâncias usadas em