Waltz - O Homem, o Estado e A Guerra
Cap 6 - O Homem o Estado e a Guerra
Waltz, que classifica a teoria das RIs em três níveis de análise, ou imagens, trata neste capítulo especificamente da terceira imagem.
As três imagens, ou níveis de análise, que representam a condução da política internacional, conforme conhecemos são por meio das ações dos indivíduos, primeira imagem, dos regimes Estatais domésticos, segunda imagem, ou, conforme a terceira imagem, utilizando o fator sistêmico que rege as relações internacionais.
A terceira imagem utiliza o fator sistêmico da anarquia para explicar a condução da política internacional. Desta forma, afirma que com a ausência de um sistema jurídico que possa ser imposto aos Estados soberanos, cabe aos próprios confiarem em seus dispositivos para garantir um desfecho favorável ao conflito gerado pela anarquia.
Embora considere que os três níveis de análise sejam complementares, o autor afirma que o Estado é unitário e deve ser para podermos considerá-lo como tal. A formulação feita em nome do Estado é apresentada aos outros países como se fosse sua vontade geral, e desta forma, os dissidentes internos podem apenas aceitar sua impossibilidade em alterá-la ou buscar modificações baseando nas possibilidades permitidas, ou a formulação de política externa pode ser vista como uma imposição do soberano de facto, no entanto, considerando a ordem interna como nacionalista, o resultado é semelhante ao último, e todas as possibilidades prevêem a concordância da população com a formulação da política externa, fazendo o Estado ser vistos por outros Estados como uma unidade.
A questão imposta é de que sem regras consistentes a serem seguidas, os estados formularão políticas conflitantes devido a falta de uma comunidade de interesses e que podem fugir da racionalidade até mesmo pelos interesses particulares de seus formuladores. Desta forma fica claro que na anarquia não existe harmonia automática e que a existência de Estados autônomos torna a guerra inevitável.
O sistema