Construtivismo de Alexander Wendt
O pensamento realista exerceu grande influência nas Relações Internacionais, sendo de grande importância o debate sobre os níveis de análise, cujo marco inicial foi a tese de doutorado de Kenneth Waltz, transformada em livro em 1959, “Men, The State and War”. Em sua tese, Waltz diz que as causas da Guerra podiam ser explicadas através de três níveis de análises.
No primeiro nível temos o homem (natureza humana). Na visão dos realistas, a influência das relações internacionais é centrada na natureza humana, sendo que eles possuem uma visão profundamente negativa acerca do homem, o qual é extremamente egoísta e guiado pelo medo, poder.
No segundo nível temos o Estado (natureza do Estado). Para os realistas o Estado é o ator central das relações internacionais, sendo que esse Estado de natureza significa a existência simultânea de vários atores exclusivamente responsáveis por sua própria sobrevivência.
No terceiro nível temos o sistema internacional (anarquia internacional). Essa anarquia diz respeito à falta de uma autoridade legítima e soberana no nível internacional, que garanta o direito à sobrevivência de todos os Estados, e essa impossibilidade de estabelecer um Leviatã no plano internacional, torna a anarquia internacional uma característica definitiva das relações internacionais.
O pensamento realista enfatiza as causas do conflito nas relações internacionais nos dois primeiros níveis, onde a natureza egoísta e a constante busca por poder por parte do ser humano acaba sendo transferido para os Estados.
O Neorrealismo surgiu na década de 1970, com Kenneth Waltz, em função de uma das piores crises do realismo, onde a confirmação da importância da relevância dos assuntos econômicos pôs em dúvida a centralidade do papel desenvolvido pelo Estado nas relações internacionais. Foi nesse contexto que Kenneth Waltz publicou seu livro “Theory of International Politics”, onde procurou resgatar o realismo,