Arte Paleocristã
A Arte Paleocristã tem como característica o fato de ser primitiva. Isso pode ser explicado pela forma como surgiu, visto que por ser oriunda de uma crença condenada, acabou sendo considerada a Arte das Catacumbas, por ser manifestada principalmente nas catacumbas, onde eram realizados o enterro dos primeiros fiéis martirizados, que morriam muitas vezes por conta da luta a favor de tal crença. Existem cerca de quarenta catacumbas nos arredores de Roma, o que demonstra a importância dada a tal arte por esses grupos e a expansão da mesma.
Nessa época, o Império Romano ainda não havia adotado a religião cristã como a oficial e esta surgia em pequenos grupos, sendo censurada pela sociedade e pelo governo, uma vez que o Império a considerava uma ameaça. Os enterros aconteciam nas catacumbas, mas os cultos tinham como localização a residência dos fiéis. Somente em 313, tal manifestação saiu da ilegalidade, quando Edito de Milão concedeu liberdade a essa religião.
Tal forma de arte era criada por pessoas que não tinham talento ou técnica artística, por isso, caracterizava-se por possuir uma simplicidade. A função de tal manifestação era a de exercer espiritualidade e representar temas cristãos, havendo inspiração na Bíblia. Localizada, principalmente, nas paredes e tetos das catacumbas, as artes eram pouco elaboradas e possuem uma característica primitiva, demonstrando um certo retrocesso técnico, que se explica pela ausência de artistas consagrados na elaboração das artes, fato que demonstra a característica dos fiéis da época, que eram desprovidos de recursos.
Essas manifestações eram dotadas de frontalidade ausente de perspectiva, havendo um