walter benjamin
Em uma de suas últimas obras, “Sobre o conceito da História”, Benjamin esboça teses, onde muitas delas trazem consigo um cunho metafórico ou uma “teorização imaginativa” e complexa acerca da filosofia da história. É sabido, pois, que isso interage pelo fato de o mesmo ser um historiador da cultura ou um crítico literário-Escola de Frankfurt-, sendo assim importava-se prioritariamente pela vertente estética de sua obra. É assim que sua primeira tese traz consigo uma metáfora intrigante. Relata um jogo de xadrez onde não importa qual jogada tenha sido feita o “contralance do materialismo histórico” sempre será o vencedor. Mas, o que está escondido debaixo do tabuleiro, aquilo que todos consideram disfuncional e anormal, possui grande importância e influência na jogada vencedora, segundo Benjamin, é a teologia, logo, vê-se aqui a influência do espirito messiânico como componente fundamental, embora oculto, junto com o materialismo histórico para que se consiga a vitória.
Além disso, ainda voltando-se para uma concepção escatológica, Benjamin argui em sua segunda tese que cada geração tem um pequeno poder messiânico capaz de liberar os sonhos e desejos de futuro da geração anterior, de contribuir para a realização de objetivos que não puderam ser alcançados pelos seus antepassados, onde para ele esse conhecimento só surte efeito por meio do materialismo histórico. Conclui ainda, já na terceira tese, sobre o fato de que essa análise do passado, não faz qualquer distinção entre os fatos grandes ou pequenos, todos os fatos são dignos de serem vistos e isso só se dá por meio de uma