walter benjamin
Aura
Efectivamente, um termo que aparentemente parece relativamente fácil de responder, por vezes não é assim tão linear a sua resposta eficaz, precisa e concisa. A reflexão que W. Benjamin nos oferece sobre a reprodutibilidade técnica e a história da reprodução irá seguidamente ser alvo de observação. Opinando sobre Walter Benjamin (Cáp. III, IV e V), as palavras-chave do texto são a percepção sensorial do homem; a crença bem como o ritual que surge dela; o contexto e a condição da arte. Em relação aos argumentos principais do texto, e considerando sobre o mesmo são assim expressos: é da percepção sensorial e do contexto em que a obra é reproduzida que depende a veracidade da aura, como se pode comprovar: “A época das grandes invasões, em que surgiram a indústria de arte do Baixo Império…, tinha não só uma arte diferente da antiguidade como também uma outra percepção.”.
Por outro lado, a obra deixa de depender do ritual, do culto, para segundo um novo programa, passar a ser praticada mediante um novo programa: a política: “Em vez de assentar no ritual, passa a assentar numa outra praxis: a política”.
A libertação graças à reprodução técnica da obra de arte, faz com que o valor do ritual seja substituído pelo valor da exposição, isto é aumenta a exibição a qualquer cidadão, o que antes só era possível a quem tivesse acesso à obra de arte.
No excerto de Walter Benjamin em que se refere à contemporaneidade do meio em que vivemos sobre a decadência da Aura, “E se pudermos entender como decadência da aura, as alterações no médium da percepção de que somos contemporâneos…” “…altera-se com a forma de existência colectiva da humanidade, o modo da sua percepção sensorial…”, ele dá início ao terceiro capítulo do seu ensaio, e assim Benjamin mostra-nos que a percepção sensorial do homem é condicionada pelos contextos naturais e históricos.
Apesar de haver algumas incongruências entre os vários contextos bem como das percepções sensoriais do homem