Wallon
Autor: Jean Piaget
O objetivo é apresentar a visão, os estudos e as pesquisas do psicólogo Jean Piaget acerca do tema afetividade. O que nos auxilia na compreensão do papel da afetividade no funcionamento cognitivo, no desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Segundo Pieget a afetividade é a mola propulsora de ações, é o motor necessário para que a inteligência funcione , e a razão está a seu serviço.
Em geral são condenadas moralmente as ações egoístas, válido para qualquer interesse pessoal, que são pulsionadas pelo instinto afetivo, porém agir desta forma está em primeiro plano, o que torna agir pela Razão um segundo plano. Apesar de pensar desta forma para Piaget sua razão e sua moral podem vencer.
Segundo Piaget é incontestável que o afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse, nem necessidade, nem motivação; e consequentemente, perguntas ou problemas nunca seriam colocados e não haveria inteligência. A afetividade é uma condição necessária na constituição da inteligência.
Podemos considerar de duas maneiras diferentes as relações entre afetividade e inteligência. A verdadeira essência da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais. Na relação entre inteligência e afeto, podemos postular que o afeto faz ou pode causar a formação de estruturas cognitivas. Odier sustentou que o esquema do objeto permanente – as descobertas que o bebe faz sobre a permanência do objeto quando ele desaparece do seu campo visual – é causado por sentimento, por relações objetais. Ou seja, isto é devido às relações afetivas da criança com o objeto ou pessoa envolvida. Em outras palavras, as relações afetivas da criança com o objeto-mãe, ou outras pessoas, são responsáveis pela formação da estrutura cognitiva.