waismann e a textura aberta da linguagem
Waismann e a Textura Aberta da Linguagem
O conceito de textura aberta foi primeiramente empregado por Friedrich
Waismann, a partir da discussão da possibilidade de verificação das afirmações, sobretudo no que diz respeito à possibilidade de fornecer uma verificação conclusiva para as afirmações sobre objetos materiais, afirmações empíricas.
Waismann elabora o artigo “Verifiability”, no qual discute a posição tomada pelos positivistas lógicos de que o significado de uma afirmação é fornecido pelo seu método de verificação. Neste sentido, o autor, que compartilha a posição de
Wittgenstein, afirma que é necessário, em primeiro momento, averiguar o que se quer dizer por “método de verificação”.
De acordo com Schlick, para que o método de verificação forneça o significado da afirmação, é necessário identificar as circunstâncias particulares que tornariam a proposição verdadeira ou falsa, sendo essas circunstâncias objetos de experiências possíveis. A experiência verifica proposições e o critério para a solução de um problema seria a capacidade dele ser reduzido a uma experiência possível.
Dessa forma, conhecer o significado de uma afirmação não depende de verifica-la, mas de que seu método de verificação, ou seja, as circunstâncias responsáveis por tornar a afirmação verdadeira, sejam conhecidas. Shlick afirma ainda que a única maneira de atribuir significados a uma proposição é pela descrição do
“estado-de-coisas” que deve ser obtido para que a proposição se torne verdadeira. Se o “estado-de-coisas” não é obtido, a proposição é falsa.
Waismann concorda em parte com Schlick, quando este afirma que em certos casos devemos indagar sobre o método de verificação para entender o significado da afirmação, mas em situações ordinárias nós entendemos o significado da afirmação sem exigir nenhuma verificação, uma vez que estamos