Wagner
Segundo a Organização das Nações Unidas1, há cerca de 600 milhões de pessoas com deficiência no mundo, sendo que 80% vivem em países em desenvolvimento. Estas pessoas estão dentre as mais estigmatizadas, mais pobres e que têm os níveis mais baixos de escolaridade de todos os cidadãos mundiais, caracterizando violação de direitos humanos universais. Em bioética, concepções como principialismo, utilitarismo, bioética de proteção e bioética de intervenção oferecem aportes para a análise da situação das minorias, o presente trabalho considera que essas correntes podem mediar a abordagem de dilemas éticos suscitados pela assistência a pessoas com deficiência e propõe focalizar a problemática da alocação de recursos.
2. Descreva os princípios universais o ferramental básico para a discussão de dilemas éticos em relação aos deficientes. Princípios universais o ferramental básico para a discussão de dilemas éticos: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça.
Autonomia : A primeira ação organizada que resgata a autonomia das pessoas com deficiência foi o Movimento de Vida Independente, surgido em Berkeley, Califórnia, na década de 1960. Um dos princípios do movimento era afirmar a capacidade da pessoa com deficiência em administrar a sua vida
Beneficência : que, de acordo com Beauchamp e Childress6, significa buscar fazer o bem.
Não Maleficência : A não maleficência significa não infligir danos intencionalmente e também evitar que eles venham a ocorrer. Segundo este princípio, tanto o diagnóstico da deficiência quanto os cuidados específicos devem ocorrer precocemente para assegurar o desenvolvimento global da criança e de pessoas com alguma lesão potencialmente causadora de deficiência.
Justiça : o princípio da justiça está fortemente relacionado à justiça distributiva, isto é, à responsabilidade da sociedade em distribuir eqüitativamente as cargas e os