Vínculos
Antes mesmo de nascer, a criança faz parte de uma rede de relações. Logo ao nascer, o primeiro vínculo é estabelecido com sua mãe, que serve como base em sua vida e a quem irá copiar durante seu desenvolvimento primário, para formar sua identidade. A criança também se relaciona com seu pai, avós, tios, entre outros, assim, essas primeiras vivências estão ligadas diretamente com o desenvolvimento da matriz de identidade, que é o ambiente familiar que a nutre nos aspectos psico-sócio-culturais. Desde o nascimento o bebê passa por situações estranhas e não tem nenhum modelo a seguir, dessa maneira, tem que achar soluções por conta própria, ou seja, dar resposta nova à essas situações, e para que isso aconteça precisa de um recurso inato que se designa espontaneidade ou fator “e”. Cukier (2002), diz que a espontaneidade atua no presente, no aqui e agora, dando uma resposta adequada a cada situação, e no nascimento não é diferente, o processo de inspiração é desenvolvido pela espontaneidade e pela capacidade criadora de acontecer. É nessa matriz familiar que se instituem os apegos que devem ser seguros para um desenvolvimento saudável do ser humano, sendo assim, este fator contribui para o estabelecimento e desenvolvimento dos demais vínculos parentais, pois este apego seguro vivido na primeira infância, influencia nas relações do indivíduo com a sociedade. A relação primária entre mãe e filho começa na vida intra-uterina, onde esta sente a presença do bebê dentro dela, tornando este ser dependente da mãe desde sua gestação e principalmente após o nascimento, momento em que ele não diferencia o ambiente que o cerca e vive uma relação simbiótica com a mãe. É nessa relação inicial da matriz de identidade que se estabelece o primeiro vínculo afetivo, que se perpetua e se desenvolve por toda a vida do