Vícios de linguagem
Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor.
Pleonasmo ou Redundância
Tem-se um pleonasmo quando ocorre a repetição desnecessária de palavras.
Exemplo:
Hoje me fizeram uma surpresa inesperada.
Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.
Barbarismo
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:
1) Pronúncia
a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico.
Exemplo:
Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica)
b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.
Exemplo:
Estou com poblemas a resolver. (problemas)
c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.
Exemplos:
Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
2) Morfologia
Exemplos:
Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
3) Semântica
Exemplo:
José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)
4) Estrangeirismos
Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua.
Exemplos:
O show é hoje! (espetáculo)
Solecismo
É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:
1) Concordância
Exemplo:
Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia)
2) Regência
Exemplo:
Eu assisti o filme em casa. (ao)
3) Colocação
Exemplo:
Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)
Ambigüidade ou Anfibologia
Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.
Exemplo:
Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
Cacofonia
Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Eco
Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando