Vulcoes
Parte do maciço vulcânico de mesmo nome, situado no nordeste da Sicília, o Etna ocupa uma área de 1.600km2 e sua base tem um perímetro de 150km. Estudos geológicos demonstraram que as primeiras erupções do Etna remontam ao final do período terciário, há cerca de 2,5 milhões de anos.
A estrutura atual dessa montanha vulcânica decorre da atividade de pelo menos dois centros eruptivos principais. Além da cratera central, formaram-se outros cones subsidiários, originados de fissuras nas vertentes da montanha.
O Etna se divide em três porções principais. Na fértil zona baixa cultivam-se vinhedos, oliveiras e árvores frutíferas. É densamente povoada, especialmente na Catânia. A zona média, até os dois mil metros de altitude, é coberta por bosques de pinheiros, bétulas e castanheiros. A zona alta, inóspita, apresenta solos arenosos salpicados de fragmentos de lava, escória e plantas autóctones como o Astragalus aetnensis.
O vulcão Etna, na Sicília, em erupção.
Ao longo da história, o Etna entrou em erupção inúmeras vezes. Na antiguidade, os gregos criaram a lenda segundo a qual no interior do vulcão se encontrava a forja de Vulcano e dos Cíclopes. Também se acreditava que abaixo de seu cone havia um gigante, Tífon, cujos movimentos faziam tremer a terra.
Uma das erupções mais antigas de que se tem referência é a do ano 396 a.C., que dissuadiu os cartagineses do intento de conquistar a região da Catânia.
Ficaram famosas a erupção de 1381, quando o rio de lava chegou até o mar; a de 1669, que atingiu a parte sul da cidade de Catânia e na qual, pela primeira vez, tentou-se desviar a lava, com a construção de um canal; a de 1852, que causou muitas mortes; a de 1928, que sepultou a aldeia de Mascali; e a de 1983, quando fracassou a tentativa de desviar a