Voyeurismo
Tendência recorrente ou persistente de observar pessoas em atividades sexuais ou íntimas como o tirar a roupa. Isto é realizado sem que a pessoa observada se aperceba de o sê-lo, e conduz geralmente à excitação sexual e masturbação.
ANÁLISE PSICOLÓGICA
Analisaremos o voyeurismo através da concepção da Gestalt-Terapia, de Fritz Solomon Perls, mas para tanto há a necessidade de um breve esclarecimento da concepção gestáltica de ser humano.
Para a Gestalt-Terapia o ser humanos é um ser em constante relação dialógica consigo mesmo, como o outro, com o ambiente e com seu momento sócio-cultural-histórico. Através destas relações, o ser humano busca manter o equilíbrio mais harmonioso possível (homeostático) perante às condições existenciais sob as quais está inserido.
A dialética desta relação se dá, quando saudável, pela alternância entre a posição de figura ou fundo dos fenômenos (sejam eles sensações, percepções, pensamentos, ações ou situações) nos quais o sujeito está imerso em seu campo relacional e com as quais entra em “contato”.
Para a Gestalt-Terapia, a interrupção deste fluxo contínuo de contato fenomenológico, consigo próprio e com o mundo, é o berço ou, dependendo da situação, o resultado, do adoecimento do ser humano. Segundo a Gestal-Terapia, esta interrupção, sendo persistente, gera e retroalimenta a alienação (exclusão para o inconsciente) de “gestaltens” (pequenas partes) de nossa personalidade, produzindo a despersonalização do indivíduo e, consequentemente o levando à neurose ou à psicose.
Para a Gestalt-Terapia, todo “contato” legítimo segue um ciclo que se inicia com a percepção de uma necessidade (interna/externa ou objetiva/subjetiva), o ensaio no plano da fantasia (imaginação ou pensamento), expansão dos limites de contato (ação do contato, propriamente dito) e retração dos limites (o fim do contato, onde a esta necessidade torna-se fundo e deixa espaço para que um novo fenômeno torne-se figura).
Além disso, a abordagem