Vocação profissional
Apenas recentemente o problema a respeito do que fazer para garantir a sobrevivência surgiu. Antigamente não existia especificidade de funções, e nossos ancestrais faziam somente o necessário para sobreviver diariamente, isso através de coletas de alimentos e caçadas de animais. Somente a partir do momento em que o modo de produção se tornou capitalista, as escolhas de profissões ganharam importância, pois passou-se a utilizar fortemente a seleção dos melhores para o trabalho, sendo necessário então uma especialização dos futuros funcionários para garantir um emprego.
Não raro, é possível perceber adolescentes questionando-se acerca da escolha do curso para ingressarem na universidade. É nessa etapa que surgem os grandes dilemas acerca das profissões. Segundo Noronha e Ambiel (2006) a adolescência é a fase na qual se intensificam as dúvidas a respeito do futuro e que os interesses profissionais começam a evidenciar-se. Assim a escolha profissional é um processo pelo qual os adolescentes vivenciam para embarcar no mundo acadêmico e profissional, que inclusive é marcado por mudanças rápidas. Sem dúvida, os conflitos nesta fase podem ir sendo acumulados e culminar em uma longa reflexão sobre o que realmente se quer para o futuro profissional. Enfim, as expectativas quanto à absorção no mercado de trabalho é tema central, afinal, a passagem pelo ensino superior é uma forma de profissionalização e de inserção no mercado de trabalho (BARDAGI et al, 2006).
É nessa fase que de acordo com Piaget o indivíduo atinge o estágio do pensamento lógico, alcançando um nível maior de equilibração. Ou seja, sai do domínio do concreto, é capaz de formular operações abstratas. Ocorre uma descentração de si e uma manifestação de interesse pelo mundo a sua volta. Levando-se em consideração que a prática profissional é uma das atividades mais importantes da vida de um indivíduo adulto, a escolha vocacional é uma difícil decisão a ser tomada, pois estão