VLSI
Em termos de VLSI a tecnologia da altura apenas permitia densidades de transístores que seriam muito baixas quando comparadas com os standards de hoje. Era simplesmente impossível colocar muitas funcionalidades num único chip. No início dos anos 80, quando se começou a desenvolver a arquitetura RISC, um milhão de transístores num único chip já era bastante. Devido à falta de recursos (transístores) as máquinas CISC da altura tinham as suas unidades funcionais espalhadas por vários chips. Isto era um problema por causa do alto tempo de espera nas transferências de dados entre os mesmos, o que desde logo era um óbice ao desempenho. Uma implementação num único chip seria o ideal.
O número de transístores que “cabem” numa placa de silício é extremamente elevado e com tendência a crescer ainda mais. O problema agora já não é a falta de espaço para armazenar as funcionalidades necessárias, mas o que fazer com todos os transístores disponibilizados. Retirar às arquiteturas as funcionalidades que só raramente são utilizadas já não é uma estratégia moderna de projeto de processadores. De facto, os projetistas procuram afincadamente mais funcionalidades para integrarem nos seus processadores para fazerem uso dos vastos recursos (transístores) disponíveis. Eles procuram não o que podem tirar, mas o que podem incluir. A maioria das funcionalidades pós-RISC são uma consequência direta do aumento do número de transístores disponíveis e da estratégia “incluir se aumentar o desempenho”.