Vladimir Kush
Por João Pedro Prieto Tiago
Vendo o calendário de exposições, me deparei com diversos nomes conhecidos. Muitos artistas consagrados e muitos já velados. Sempre me perguntei o porque desse fascínio pelos “mortos”.
O que mais me chamou atenção foi a exposição do catalão Salvador Dalí no Instituto Tomie Ohtake. Sim, sou fascinado por esta celebre pessoa de bigode impar, o grande mestre do surrealismo. Talvez seja pelo seu jeito totalmente lúdico ou ate seu tamanduá de estimação.
Mas o que mais me atrai é o seu estilo, o surrealismo. Insinuado no interior dos movimentos de vanguarda modernistas e englobada em antigos adeptos do Dadaísmo, o surrealismo questionava as crenças culturais então vigentes na Europa, bem como a postura humana, vulnerável frente a uma realidade cada vez mais difícil de compreender e dominar.
Sem duvida Salvador Dalí é uma das mais conhecidas referencias neste estilo, porem temos diversos outros artistas atraentes, embora desconhecidos. O russo Vladimir Kush é uma das minhas referencias artísticas na atualidade e representa bem esse anonimato.
Este artista russo é considerado, por muitos críticos, um discípulo de Salvador Dalí. Kush passou pelo surrealismo, até se encontrar no chamado realismo metafórico, que se tornou sua especialidade. Mas o que é esse realismo metafórico?
È o Mundo de Vladimir Kush. Um mundo onde mito, metáfora e poesia se combinam em novas formas. Através da justaposição de objetos não relacionados, e mediante a exploração de diferentes pontos de vista, as obras deste artista fazem referência a profundos significados e metáforas, entretanto, mantendo uma leve aproximação à apresentação real.
É uma fuga das formas atuais, porém de uma semelhança incrível que sua evidente técnica profissional o permite de produzir um mundo crível, como um filme de ficção.
Nascido em Moscou, no ano de 1965, Vladimir Kush traz em suas pinturas elementos de fantasias, histórias, além de serem altamente