Vitor Hugo
A MISÉRIA HUMANA.
Ó miséria humana
Que te alimenta do ódio
És dor que racha o peito
Daquele que mergulha no lodo
Para salvar o irmão do ópio.
Ó miséria humana
Que te alimenta do terror
És dor que despedaça a alma
Daquele que procura
A luz, o caminho e o amor.
Ó miséria humana
Que te alimenta na ignorância
És dor profunda
Daquele que já transpôs
Os meandros da ilusão
Numa luz em abundância.
Ò miséria humana
Que te alimenta da separação
Não existe uma razão
Por que tu me faças sofrer,
Pois o tu e o seu não existe
Só o uno consiste
Para lá do ter.
Ó miséria humana
Espero um dia
Possas vir morrer à fome.
(Jorge Moreira)
RESUMO.
A miséria na sociedade francesa sempre acompanhou seu processo histórico, afligindo principalmente os membros do terceiro estado (camponeses e sans-culottes), mas é no fim do século XVIII e principalmente no século XIX, que ela se agravara, graça ao crescente desemprego, fome, crises econômicas, entre outros fatores, que acaba tornando o país em um barril de pólvora, detonado nas revoltas populares que assolaram a nação no período.
É essa vida miserável que o romance de Victor Hugo “Os Miseráveis” virá relatar como foco central, mostrando o panorama socioeconômico da população francesa do período (séc. XIX).
A miséria aqui será nossa principal tema de pesquisa, mas primeiro para entendê-la passaremos pelos processos que levou a formação desta sociedade: revolução francesa e as de 1830 e 1848 e a vida de V. Hugo (que conviveu e presenciou este aspecto dentro da França que mais tarde seria transcrito no seu livro), assim teremos uma noção mais ampla da situação miserável destes habitantes da França, e por fim um analise da mesma dentro do território nacional.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 07
2. AS REVOLUÇÕES DE 1789, 1830 E 1848, NA