Vitamina b1
A vitamina B1 é formada por uma pirimidina substituída que está unida a um anel tiazol combinado através de uma ponte metilênica. Possui uma ampla distribuição nos alimentos, mas as quantidades encontradas na maioria dos alimentos são relativamente baixas. O beribéri é uma doença causada pela deficiência da tiamina e atualmente está erradicada, mas em algumas regiões do mundo ela ainda persiste principalmente em lugares onde os habitantes consomem muito carboidratos. A tiamina foi a primeira vitamina a ter uma função metabólica claramente definida como de coenzima, e também atuar na transmissão nervosa. O fosfato de tiamina é hidrolisado por fosfatases intestinais, que depois de livre é absorvida no duodeno e jejuno, e possui uma pequena absorção no intestino delgado. A absorção desta vitamina é prejudicada no alcoolismo, a ATPase dependente de Na e K é inibida pelo etanol. A tiamina que não está ligada à proteína plasmática (sobretudo a albumina) é rapidamente filtrada nos glomérulos e aparentemente não ocorre reabsorção tubular de tiamina ou de pequenas quantidades de fosfato. A diurese aumenta a excreção da vitamina e o suor pode conter 30-56 nmol de tiamina/L em condições climáticas muitos quentes. Uma pequena quantidade da vitamina é excretada na urina sem modificações junto com pequenas quantidades de tiamina monofosfato e difosfato. A tiamina, em combinação com o fósforo, forma a coenzima tiamina pirofosfato (TPP), que atua como uma co-carboxilase. Essa forma é necessária para a descarboxilação oxidativa do piruvato, formando acetato e acetil coenzima A, componente do ciclo do ácido cítrico. O difosfato de tiamina é a coenzima para três processos multienzimáticos mitocondriais envolvidos na descarboxilação oxidativa de 2-oxoácidos, piruvato desidrogenase e 2-oxoglutarato desidrogenase; na via metabólica centra geradora de energia e na cadeia ramificada oxoácido desidrogenase e no catabolismo de leucina.