Visão política na transição para o Estado Novo
O texto que serviu como referência para o trabalho começa a falar desse cenário, onde Vargas sai do poder e dá lugar à oposição, que era vista como uma “leve oposição”, leve, do mesmo modo que se deu a troca do poder. Getúlio fica como um “interlocutor-chave na passagem ao novo regime”, possibilitando sua intervenção na máquina antes das eleições para a Constituinte. O processo desse novo regime de redemocratização se deu a partir, também, do cenário internacional, onde presenciávamos o fim próximo da Guerra Fria, enquanto nacionalmente havia uma pressão para que os partidos voltassem e suas atividades políticas idem.
A redemocratização do país mobilizou a sociedade brasileira. Surgiram partidos políticos nacionais e foram eles a União Democrática Nacional (UDN), que reunia grande parte das oposições, nascido do “Manifesto dos Mineiros” (contrários à Ver. 30 e à Const. 37); o Partido Social Democrático (PSD), beneficiário da máquina política do Estado Novo, e, finalmente, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), formado a partir da base sindical controlada por Vargas. Enquanto a UDN apoiou a candidatura de Eduardo Gomes, o PSD lançou a do general Eurico Dutra. O PTB inicialmente manteve-se distante dos dois candidatos.
Falando mais do PSD (Partido Social Democrático), percebemos no texto: “(...) criado, como se sabe, de cima pra baixo; ou mais exatamente, de dentro pra fora do Estado, através de convocação feita pelos interventores às bases municipais”, de raízes getulistas, que pautava a redemocratização, mas era a favor da reativação ou preservação da máquina do Estado Novo. Seguindo o texto vemos: “(...) o Presidente foi, contudo derrotado no plano dos fatos, pois no fundo a importância dos estados