Virtudes morais
01. CORAGEM
(Andrêia) é meio-termo em relação ao sentimento de medo e de confiança.
Chamamos de males tudo aquilo que tememos e que se mostram terríveis a nós. Pode-se dizer que é justo e nobre temer certas coisas. Mas não devemos temer à pobreza ou à doença, nem ao que procede do vício (deficiente ou excessivo), ou que não dependem de nós. Não suportar os insultos e a inveja como deve é covardia. Aquele que se mostra destemido em face de uma morte honrosa caracteriza-se como bravo, o qual consegue enfrentar situações e coisas que estão acima de suas forças, mesmo que muitas vezes as temem. E aquele que deseja mostrar-se corajoso é apenas um simulador de coragem, porque diz não ter medo. A covardia é a carência, a temeridade é o excesso e o equilíbrio está na bravura.
02 – TEMPERANÇA
(Sofrosíne) é o meio-termo em relação aos prazeres e dores.
A temperança e a intemperança estão inteiramente relacionadas aos prazeres corporais, ou seja, do tato ou paladar.
Gozar-se apenas do objetivo em si mesmo, como beber, comer ou casar-se é a busca do intemperante. O qual não apresenta limite aos seus apetites. Enquanto o temperante por sua vez, possui limites, não apreciando o que não deve e nada em excesso. Seu apetite é pouco e moderado, buscando respeitar os princípios racionais. Esta perfeita ligação leva ao que é o nobre.
03 - LIBERALIDADE
(Eleuteriótes) é o meio-termo no dar e no receber dinheiro. O excesso é a prodigalidade e a deficiência é a avareza.
Louvado é o homem que dá e recebe riquezas, mas mais louvado ainda é o que dá de suas riquezas. O pródigo esbanja a sua riqueza somente dando, enquanto o avarento quer mais do que necessita, só busca receber.
O homem liberal é aquele que melhor usa a riqueza. Liberalidade é uma disposição de caráter para dar com prazer, sem dor, para as pessoas certas e na hora certa.
04. MAGNIFICÊNCIA
(Megaloprépeia) é um meio-termo quanto ao dinheiro dado em