Fichamento - as virtudes morais
Marco Zingano
1. O altruísmo
O altruísmo consiste em conhecer o outro como tal, mas exige também que tenhamos uma ideia super clara da natureza da outra pessoa e dos limites que a própria alteridade traça para as figuras de seu reconhecimento. A definição do outro pode ser quem convive comigo ou ser qualquer outro de qualquer lugar/tempo. O altruísmo necessário requer que você deve ajudar o outro independente de sua biografia ou qualquer que seja as circunstâncias. Enquanto o altruísmo possível é se devemos intervir ou não depende da consideração de uma história passada e as perspectivas ligadas às personagens em questão.
2. As éticas da deontologia e da consequência.
Para Kant as regras morais deveriam ser universais ou pelo menos generalizadas, o que gera paradoxos morais, o fato é que em um sistema rígido de regras morais todos deveriam dizer toda a verdade ou pelo menos parte dela, sem jamais mentir. Pode-se conceber sistemas moderados e amoldáveis à circunstância. Deve-se sempre dizer a verdade, porém quando se há um conflito com este dever como o de salva-guardar a justiça e agir com humanidade o dever de dizer a verdade passa a segundo plano. Esses sistemas seguem na ideia básica de uma lei/mandamento/regra que dita o que deve ser feito sob a forma de um dever a ser cumprido, essa seria a idéia básica de uma deontologia, que guiaria nosso comportamento moral, gerando assim uma doutrina moral de natureza essencialmente legalista. O segundo sistema é chamado de consequencialista defendido por Jeremy Benthan e John Stuart Mill onde, uma atitude moral visa, sobretudo a gerar o maior bem possível para o maior numero de pessoas. Ambas as doutrinas morais são éticas centradas na avaliação dos atos que fazemos.
3. A ética das virtudes
Em meados do sec. XX começou a ser proposta uma terceira leitura do fenômeno moral: ética das virtudes (neoaristotelismo), pois se inspirou em Aristóteles. Esta privilegia o sujeito que a