Violência no contexto escolar
Actualmente, as diversas modalidades de violência engendradas na sociedade atingem, além dos espaços privados, àqueles de domínio público. Os efeitos desta violência acabam por afectar praticamente todos os contextos institucionais, entre eles, a escola.
A problemática da violência nas escolas não é um fenómeno recente, em todo o mundo, a violência na escola tornou-se um tema do quotidiano, um importante objecto de reflexão das autoridades e um foco de notícia na imprensa, que vem divulgando, esses actos. Percebe-se que a sociedade, em geral, está bastante preocupada com os problemas da violência no ambiente escolar.
A construção de uma visão crítica sobre o fenómeno da violência mostra-se fundamental, na medida em que permeia todas as relações sociais, em que são profundamente afectados os membros da comunidade escolar, como, por exemplo, alunos, professores, directores, funcionários e pais e/ou
encarregados de educação.
Desde os primeiros estudos realizados sobre o assunto, nos Estados Unidos da América, na década de 1950, diversas das dimensões desse fenómeno passaram, por mudanças e os problemas decorrentes assumiram maior gravidade. Algumas dessas notáveis transformações foram: o surgimento de armas nas escolas, inclusive armas de fogo, a disseminação do uso de drogas
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e a expansão do fenómeno dos gangs, influenciando de forma negativa a rotina das escolas.
Outra grande mudança, resulta do facto de que as escolas e suas imediações, deixaram de ser áreas protegidas ou preservadas e tornaram-se, por assim dizer, incorporadas à violência quotidiana do espaço urbano. Ademais, as escolas deixaram, de certa forma, de representar um local de amparo, seguro e protegido para os alunos e perderam grande parte dos seus vínculos com a comunidade.
Inicialmente, a violência nas escolas era tratada como uma simples questão de disciplina. Mais tarde, passou a ser analisada como manifestação de delinquência juvenil, expressão de