Violência no Brasil: uma questão social
1 INTRODUÇÃO
A violência, em seus mais variados contornos, é um fenômeno histórico na constituição da sociedade brasileira. A escravidão (primeiro com os índios e depois, e especialmente, com a mão de obra africana), a colonização mercantilista, o coronelismo, as oligarquias antes e depois da independência, somados a um Estado caracterizado pelo autoritarismo burocrático, contribuíram enormemente para o aumento da violência que atravessa a história do Brasil.
Embora o Brasil tenha avançado na área social nos últimos anos, ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros. A violência é um deles, e está crescendo a cada dia, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios e televisões presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas. A falta de um rigor maior no cumprimento das leis aliada as injustiças sociais possa, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país.
No entanto, a violência no Brasil é fruto das desigualdades sociais promovidas pelo modelo capitalista de produção – a “Questão Social” -, que atinge principalmente os indivíduos que são enquadrados nos altos índices de pobreza e consequentemente de exclusão social, que encontram na criminalidade e na violência, a saída para sua “reinserção” no modo de produção capitalista, ou seja, alternativa de sobrevivência. O presente artigo tem por objetivo analisar a relação entre a problemática da violência no brasileira como questão social.
DESENVOLVIMENTO
2.1 A questão social: a violência brasileira dentro do modelo capitalista.
Podemos ressaltar o significado de exclusão social vivenciadas por estes indivíduos, onde no Brasil, apesar de que desde a década de 30, o país tenha passado a