violencia domestica
O autor francês, especialista em movimentos sociais, classifica-os em verdadeiros (aqueles que correspondem aos critérios pré-determinados por Alain Touraine como proporcionadores de hipóteses de efectivo impacto político) os falsos (aqueles não satisfazem essas as condições mínimas de potencial utilidade prática) e os anti-movimentos sociais (os movimentos sociais que não favorecem o progresso social, tipicamente os movimentos belicistas). Em La Violence o autor estuda muitos trabalhos de sociólogos que trataram da violência. A ponto de ficar a dúvida se a sociologia, afinal, sim ou não, esqueceu a violência como tema e assunto de investigação. Não se tivesse dado o caso de ser ele o Presidente do congresso da ISA de 2010, em Gutemburgo, onde vários temas (o primeiro dos quais a violência) foram destacados como exclusões a recuperar, a dúvida ainda persistiria.
Como explicar esta contradição de Wiewiorka? A violência é muito estudada ou é excluída da sociologia? Duas pistas de explicação podem ser seguidas: a) a violência é anti-social, escreve algures o autor: portanto não é alvo da sociologia, interessada com os processos de socialização pacíficos e não com processos de resistência ao progresso; b) a violência institucional não é objecto dos estudos citados no livro acima citado, segundo nos informa nas conclusões: a violência quotidiana é