Violencia contra empregadas
Na época da escravatura os filhos dos senhores de engenhos tinham suas primeiras relações sexuais com as mucamas e cozinheiras, além de sofrer abuso sexual dos fazendeiros, mesmo com um trabalho árduo e maus tratos as mulheres daquela época sofriam humilhações. Mas hoje essa realidade não é nada diferente, o abuso sexual contra empregada doméstica ainda é uma dos maiores problemas enfrentados por essa categoria. Mulheres que sofrem esse tipo de violência têm medo de denunciar, motivos são vários, mas o principal é o medo. Como em alguns casos os culpados saem impunes, a maioria delas prefere calar a lutar, como foi o caso da empregada Zilmar Gonçalvez Macedo que relatou ter sofrido abuso sexual, mas não teve coragem de denunciar, segundo Zilmar ela não acreditava que aconteceria nada contra o acusado e que foi mais fácil ela deixar o emprego. Por esse e outros casos que muitos que praticam abusos ficam ilesos, porque o medo ainda é o aliado deles.
Condições de trabalho
Na América Latina, mais de 14 milhões de mulheres trabalham em casas de família. Menos de um terço das empregadas domésticas da região são registradas e o percentual das que conseguem se aposentar é ainda menor.
Como ocorreu com essa garota levada do interior de Goiás para Goiânia, uma vez sozinhas com os patrões, as domésticas ficam sujeitas a maus-tratos. “O trabalho doméstico remunerado é uma das atividades com maior déficit de trabalho decente”. As empregadas domésticas geralmente estão distantes de suas comunidades de origem, “importadas” para o trabalho em casas de pessoas de classe média. Assédio moral e sexual, violência, trabalho forçado e pesado, jornadas extenuantes, alimentação limitada, baixos salários, não pagamento de horas extras, ausência de contribuição à Previdência Social e de acesso à saúde, e até a retenção de documentos estão entre os abusos registrados contra essas profissionais. Um dos problemas é a dificuldade de entrar