vintismo
Na primeira década do século XIX, O Liberalismo, originado de França com a revolução de 1889, tinha forte presença em Espanha. Daqui surgiram influências para conspiradores portugueses. Devido às invasões francesas, Portugal encontrava-se ‘’abandonado’’ pelos seus monarcas, que se tinham retirado para o Brasil ficando assim sob o domínio dos oficiais ingleses, sendo ele representado através do general William Carr Beresford, no entanto, este domínio não era bem aceite entre as classes portuguesas que se viam humilhados com certas medidas tomadas pelo estrangeiro. Em 1815, planeava um novo regulamento para o exército português, no momento em que já não se podia contar com o subsídio britânico; tomou ainda outras medidas, entre elas: o acesso aos cargos militares - que eram muitos deles limitados às tropas inglesas, intervenção na economia, reativação da Inquisição, perseguição aos jacobinos, etc. Parte daqui uma parte do descontentamento da população que se tornou um instrumento de revolução. Beresford torna-se uma figura incómoda quer para o principal Sousa quer para outro governador, D. Miguel Forjaz, futuro conde da Feira. Outra parte do descontentamento era sentida pela ausência da família real e pela imposição de D. João IV no regresso ao seu país. O rei queria de tal forma permanecer no Brasil que o proclamou reino em 1815 uma forte medida que agravou o descontentamento depois do Tratado de Cooperação e Amizade com a Grã-Bretanha em 1810 – semelhante ao Tratado de Methuen – e também a abertura dos portos do Brasil às Nações Amigas, em 1808. A independência do Brasil e a perda do exclusivo comercial com este revelou-se desestruturante para a economia portuguesa. Por outro lado, a partir de 1808, amplia-se uma situação de miséria económica em Portugal, com as fábricas em declínio, a agricultura em decadência, o que provocava nos anos entre 1808 e 1820 um colapso nas rendas públicas, arrastando consigo a miséria, o