vinicius de moraes
Estudou Língua e Literatura Inglesa na Universidade de Oxford por um ano e voltou ao Brasil em 1939, por conta da Segunda Guerra Mundial. Nessa época, começa a se envolver com Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Mario de Andrade, Cecília Meireles e Oswald de Andrade, nomes importantes do cenário literário do século XX.
Como compositor, fez parcerias com Carlos Lyra, Pixinguinha, Baden Powell, Antonio Carlos Jobim, João Gilberto e, Toquinho, sua dupla mais famosa. A partir da década de 1970, fez diversas composições musicais que o imortalizariam como o “poeta do amor maior”. Ao todo, Vinicius de Moraes foi casado nove vezes e, constantemente, apaixonado, viveu, na prática, o verso “que seja infinito enquanto dure” em tudo o que fez.
A VIDA POÉTICA
Dentro da Literatura, Vinicius de Moraes está inserido na segunda geração do Modernismo. A obra poética do autor teve início com a publicação de O caminho para a distância (1933), que ainda mantinha a influência simbolista de outrora.
Ao longo de sua carreira, Vinicius de Moraes abordou diversos temas. Mas, sem dúvida, seus versos sobre o amor ficaram mundialmente famosos. Em diversos poemas, o autor traz à tona diversas antíteses como a conquista do amor e a conseqüente perda deste. Isso pode ser facilmente observado em “Soneto da Separação”.
SONETO DE SEPARAÇÃO
VINICIUS DE MORAES
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que