Vigiar e punir
Através de sucinta exposição procuraremos transmitir o conhecimento acumulado no transcorrer da leitura do livro vigiar e punir, aos quais nos empreendemos com afinco e dedicação, a fim de que não frustrássemos as expectativas confiadas em nós quando da incumbência desta tarefa.
Apresentado por resumos como resultado de nossas investigações, referências indispensáveis para guiar-nos no sentido de melhor compreensão do tema, sem que para isso haja um amontoado de textos desconexos entre si, desprovidos de seqüência lógica, nosso estudo tem por finalidade a compreensão dos capítulos proposta para resumo pelo professor em seus característicos peculiares.
Trata-se de um livro de altíssima indagação e de muita atualidade. Longe de nós conduzir a opinião para este ou aquele sentido. Visamos com o presente trabalho buscar uma melhor compreensão sobre o tema e ofertar subsídios para uma meditação e percepção geral sobre o assunto.
Transcreveremos no desenvolvimento do trabalho trechos que a nosso ver transparece o pensamento emitido pelo autor da obra.
O objetivo do livro é uma história correlativa da alma moderna e de um novo poder de julgar; uma genealogia do atual complexo científico-judiciário.
Foucault, inicia a obra narrando a história de Damiens, que fora condenado, a 2 de março de 1957, a pedir perdão publicamente diante da porta principal da Igreja de Paris aonde devia ser levado e acompanhado numa carroça, nu, de camisola, carregando uma tocha de cera acesa de duas libras, na dita carroça, na praça de Greve, e sobre um patíbulo que aí será erguido, atenazado nos mamilos, braços, coxas e barrigas das pernas, sua mão direita segurando a faca com que cometeu o dito parricídio, queimada com fogo de enxofre, e as partes em que será atenazado se aplicarão chumbo derretido, óleo fervente, piche em fogo, cera, e enxofre derretidos conjuntamente, e a seguir seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros consumidos ao fogo,