Vigiar e punir resenha critica
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 2008. 288
A obra ora estudada é dividida sub-partes compostas por 2 capítulos cada uma delas. Assim são descritas as subdivisões:
O CORPO DO CONDENADO E A OSTENÇÃO DOS SUPLÍCIOS;
A PUNIÇÃO GENERALIZADA E A MITIGAÇÃO DAS PENAS;
OS CORPOS DÓCEIS;
OS RECURSOS PARA O BOM ADESTRAMENTO E O PANOPTISMO;
INSTITUIÇÕES COMPLETAS E AUTERAS;
ILEGALIDADE E DELINQUENCIA;
O CARCERÁRIO.
Nesta obra, o autor procura descrever detalhadamente a historicidade marcada entre os períodos em que os suplícios eram utilizados na política criminal como forma de punição até a implantação de penas menos agressivas, que são hoje em dia características marcantes nos países Europeus por exemplo. Assim expõe:
“O suplício judiciário deve ser compreendido também como um ritual político. Faz parte, mesmo num modo menor, das cerimônias pelas quais de manifesta o poder... O crime, além de sua vítima imediata, ataca o soberano; ataca-o pessoalmente, pois a lei vale como a vontade do soberano; ataca-o fisicamente, pois a força da lei é a força do príncipe.” (p. 45).
Em todo transcorrer da obra, o autor examina o exercício de poder e aplicação das penas dentro do sistema Penal Correcional, desta forma, descreve perfeitamente as assimilações históricas e evolução das penas. Passa-se por diversos períodos como, por exemplo, o Século XVIII, onde houve a consolidação da democracia dentro de uma sociedade burguesa; há também a descrição da época absolutista, onde a figura do Rei era a principal ordem a ser obedecida judicialmente, uma época marcada pela reafirmação de punições severas, até mesmo o delito mais simples considerava-se uma afronta ao chefe de Estado, ou seja, o Rei.
O livro descreve todo período medieval dentro de um sistema criminalista marcado por interrogatórios e confissões perpetradas sob torturas físicas e psicológicas e, principalmente marcada por uma execução penal pública por se