Vidas secas
Neste capítulo Fabiano faz um apanha geral do que vem ocorrendo em sua vida. Pensa na morte de Baleia, no episódio com o soldado amarelo, pensa nos filhos, na mulher, e obviamente pensa na seca, já que é impossivel pensar na sua existência sem pensar na própria seca.
Tudo que passa pela mente de Fabiano é em grante parte motivado pela chegada das arribações (grupo de aves) que se aproximam,pressagiando a Seca. Fabiano associa os animais a seca, e acaba canalizando nelas seu ódio e seus medos, como se eles fossem a causa de suas desgraças.
Sinha Vitória diz que as aves são responsáveis pela morte do gado. Fabiano acha a “ coisa obscura”, não entende como “ um bicho de penas pode matar o gado”. E como geralmente faz, desiste do pensamento. Um dos motivos que levam Fabiano a fugir de reflexões é achar que elas não levam a nada, e que ele mesmo é um “cabra qualquer”, isto é, indigno da tarefa de elucubrar.
No entanto, não consegue deixar de pensar da curiosa declaração de sinha Vistoria. Depois as palavras dela, Fabiano entende : as aves acabam com a água e matam os bois de sede. Admira a sagacidade da mulher, e a acha inteligente por ser capaz de chegar a essa conclusão.
Isso evidencia mais uma vez a admiração e apreço que Fabiano tem por pessoas inteligentes, embora ache que a reflexão e o aprofundamento dos pensaentos seja, de certo modo, perigoso e inútil.
Fabiano põe-se a pensar sobre as arribações, que para ele são a própria da seca. Acaba pensando também em Baleia. Tenta se desvencilhar de pensamentos ruins, e só consegue se lembrar de mais deles: “esforçava-se por esquecer uma infelicidade, e vinham outras infelicidades.”
Começa a matar as arribações, embora “ isto não lhe de nenhum prazer”. Fabiano pensa que matando os bichos, resolve tambem o problema da seca.
Pensa também do soldado amarelo : deveria tê-lo matado. “ Talvez tivesse preso e respeitado, um homem respeitado, um homem”. Ou seja, ainda que