Vidal de la Blache
ESCOLA FRANCESA (1870)
Se opõe às colocações de Ratzel.
Condenou a vinculação entre o pensamento geográfico e a defesa de interesses políticos imediatos (“necessária neutralidade do discurso científico”)
Crítica ao caráter naturalista da geografia e a minimização do elemento humano, que aparecia como passivo nas teorias de Ratzel e assim valorizou a história.
Nega o determinismo e propõe uma postura relativista:” tudo o que se refere ao homem é mediado pela contingência”.
Apesar de dar mais importância a carga humana no estudo geográfico, Vidal não rompeu totalmente com a visão naturalista, pois diz explicitamente:” a geografia é uma ciência dos lugares, não dos homens”. Desta forma, o que interessaria à análise seria o resultado da ação humana na paisagem, e não esta em si mesma.
Vidal definiu o objeto da geografia como a relação homem-natureza, na perspectiva da paisagem. Colocou o homem como um ser ativo, que sofre a influência do meio, porém que atua sobre este, transformando-o. A natureza passou a ser vista como possibilidade para ação humana. Daí o nome POSSIBILISMO dado à esta corrente por Lucien Febvre.
A teoria de Vidal concebia o homem como hóspede antigo de vários pontos da superfície terrestre, que em cada lugar se adaptou ao meio que o envolvia, criando no relacionamento constante e cumulativo com a natureza , um acervo de técnicas, hábitos, usos e costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos naturais disponíveis. A este conjunto de técnicas e costumes contruídos e passados socialmente, Vidal denominou “GENEROS DE VIDA”. O progresso seria fruto das relações entre sociedades com gêneros de vida diferentes. Os contatos gerariam arranjos mais ricos, pela incorporação de novos hábitos e novas técnicas.
Método empírico-indutivo; só se formulam juízos a partir dos dados da observação direta,; considera a realidade como o mundo dos sentidos, limitando-se à explicação aos elementos e processos