VIDA
Após a absorção dos carboidratos nos intestinos, a veia porta hepática fornece ao fígado uma quantidade enorme de glicose que vai ser liberada para o sangue e suprir as necessidades energéticas de todas as células do organismo.
As concentrações normais de glicose plasmática (glicemia) situam-se em torno de 70 – 110 MG/dl, sendo que situações de hiperglicemia tornam o sangue concentrado alterando os mecanismos de troca da água do LIC com o LEC, além de ter efeitos degenerativos no SNC. Sendo assim, um sistema hormonal apurado entra em ação para evitar que o porte sanguíneo de glicose exceda os limites de normalidade.
Os hormônios pancreáticos insulina e glucagon possuem ação regulatória sobre a glicemia plasmática. Não são os únicos envolvidos no metabolismo dos carboidratos (os hormônios sexuais, epinefrina, glicocorticóides, tireoidianos, GH e outros também têm influenciam a glicemia), porém, sem dúvida, são os mais importantes.
A insulina é produzida nas células b das ilhotas de Langerhans e é armazenada em vesículas do Aparelho e Golgi em uma forma inativa (pró-insulina). Nessas células existem receptores celulares que detectam níveis de glicose plasmáticos (hiperglicemia) após uma alimentação rica em carboidratos. Há a ativação da insulina com a retirada do peptídeo C de ligação, com a liberação da insulina na circulação sanguínea. Como efeito imediato, a insulina possui três efeitos principais:
Estimula a captação de glicose pelas células (com exceção dos neurônios e hepatócitos);
Estimula o armazenamento de glicogênio hepático e muscular (glicogênese);
Estimula o armazenamento de aminoácidos (fígado e músculos) e ácidos graxos (adipócitos).
Como resultado dessas ações, há a queda gradual da glicemia (hipoglicemia) que estimula as células a-pancreáticas a liberar o glucagon. Este hormônio possui ação antagônica à insulina, com três efeitos básicos:
Estimula a mobilização dos depósitos de aminoácidos e ácidos graxos;