Vida e obra de diego velázques
Os pais de Velázquez chegaram a Sevilha no final do século 16. Seu pai era um fidalgo de origem portuguesa e logo percebeu a aptidão do filho para a pintura. Velázquez teve como mestres Francisco Herrera, o Velho, e em 1610 entrou para o ateliê de Francisco Pacheco. Ali permaneceu por muitos anos, obtendo, em 1617, o diploma de pintor e, no ano seguinte, desposando Joana, filha de seu mestre.
Nessa época, suas obras mostram influências do naturalismo de Caravaggio e Pieter de Aertsen. Em 1622 Velázquez foi chamado a Madri para pintar o monarca Felipe 4o após a coroação, pois já eram famosas as suas obras "Velha fritando ovos", "Adoração dos Magos" e "O aguadeiro de Sevilha".
Quando o pintor flamengo Rubens visitou a corte madrilena, o único pintor que desejou conhecer foi Velázquez. Os dois tornaram-se próximos e chegaram a viajar juntos. Rubens estimulou-o a viajar para a Itália, onde permaneceu de 1629 a 1631. Lá descobriu a escola veneziana, e estudou Ticiano, Tintoretto e Veronese. Pintou "A forja de Vulcano" e "A túnica ensangüentada de José levada a Jacó" (ambas as telas com a influência de El Greco).
Regressando a Espanha em 1631, Velázquez deu início à sua fase mais produtiva. Para o palácio de Bom Retiro fez retratos eqüestres de Felipe 4o e pintou "A rendição de Breda"(1634-1635). Em 1649 retornou à Itália em missão oficial, para adquirir peças para a coleção real espanhola. Antes de voltar a Madri, pintou o retrato do papa Inocêncio 10o (1650), que lhe valeu celebridade internacional, e duas paisagens, ou seja, duas vistas da Vila Médici em Roma.