Vida e obra de alberto caeiro
Alberto Caeiro foi criado por Fernando Pessoa no dia 8 de Março de 1914 através da carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro. Alberto Caeiro, segundo Fernando Pessoa, nasceu em 16 de Abril de 1889 em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no Ribatejo na chácara da sua tia-avó, pois os seus pais faleceram cedo. Foi no Ribatejo, onde viria a conhecer Álvaro de Campos, que escreveu numa única noite um conjunto de poemas aos quais titulou de “O Guardador de Rebanhos” e “O pastor amoroso”.
Fisicamente Caeiro era de estatura média, cara rapada, loiro quase sem cor e de olhos azuis, é descrito como uma pessoa frágil apesar de não o aparentar.
A partir de Caeiro determinaram-se outros heterônimos. Esse não teve profissão, tampouco educação, apenas instrução primária, portanto vivia de pequenos rendimentos. No regresso a Lisboa escreveu Poemas Inconjuntos. Na capital em 1915, com apenas 26 anos, morreu de tuberculose.
Numa altura em que o poeta se debatia com a necessidade de ultrapassar o paulísmo, subjetivismo e o misticismo. É nesse momento conflituoso que aparece uma voz arrogante que ri desses misticismos, que reage contra o ocultismo, nega o transcendental, defendendo a sinceridade da produção poética, um ser manifestamente apologista da simplicidade, da serenidade e nitidez das coisas, um ser dotado de uma natureza positiva-materialista e que rejeita doutrinas e filosofias. É este ser que no dia 8 de Março escreve cerca de 30 poemas de O Guardador De Rebanhos. Grande parte da produção poética de Ricardo Reis parece ter sido sempre escrita deste jeito impetuoso em momentos de súbita inspiração. A essa voz, Fernando Pessoa dá o nome de Alberto Caeiro.
Alberto Caeiro dá também voz ao paganismo. Segundo Fernando Pessoa, “a obra de Caeiro representa uma reconstrução integral do paganismo, na sua essência absoluta, tal como nem os gregos nem os romanos que viveram nele e por isso o não pensaram, o puderam fazer”.
Apresenta-se como o poeta das