Nanociência
Foi com esse o título que Richard Philips Feynman (1918-1988), considerado o maior físico da segunda metade do século XX, batizou uma de suas esperadas palestras no Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech-EUA) em 1959. Nessa apresentação Feynman “profetizou” a grande aplicação que a nanociência teria no futuro próximo. Disse que seríamos capazes de criar novos materiais com a alteração da posição e da natureza dos átomos na estrutura de um material. E hoje é exatamente isso que a nanotecnologia nos proporciona. O termo nano se refere à escala de tamanho das estruturas que são foco de estudo desse ramo da ciência, 1,0 x 10 -9 m, ou seja, 1 metro dividido um bilhão de vezes. Só para se ter uma idéia, a espessura de um fio de cabelo é cerca de 30 mil vezes maior que isso.
A nanociência, que se estabelece para os consumidores na nanotecnologia, é ainda pouco notada no cotidiano das pessoas mas já influencia e muito a tecnologia de que desfrutamos. As pesquisas desenvolvidas na aplicação de produtos nanosestruturados, a chamada miniaturização, levaram a tecnologia de que dispomos em nosso dia-a-dia há muito tempo. Aparelhos celulares cada vez menores e com mais funções, computadores com cada vez mais capacidade de processamento e armazenamento de informação e etc. Além disso, vários produtos na área de cosméticos, eletrônica e médica, já são produzidos em escala industrial utilizando nanotecnologia. O encantamento pela nanotecnologia não vem só do fato dos diminutos tamanhos alcançados, mas principalmente das novas possibilidades que ainda estão sendo descobertas. É que essas estruturas possuem um comportamento físico-químico diferente das estruturas de tamanho maior. É o chamado efeito quântico de confinamento, que acontece quando as estruturas possuem tamanhos próximos aos dos átomos, fazendo com que suas propriedades sejam realçadas e até mesmo alteradas. Por exemplo, um mesmo material pode apresentar cores diferentes de