Vida Sexual
Por Christopher West
Minhas colunas recentes sobre a "redenção sexual" continuam a despertar interesse. Um católico consciencioso escreveu para mim depois da minha última coluna pedindo algumas sugestões práticas para se viver a redenção da sexualidade. O que segue é adaptado de uma entrevista recente sobre o mesmo assunto.
João Paulo II escreveu que, para se experimentar a vitória sobre a luxúria, devemos nos dedicar a "uma educação progressiva do auto-controle da vontade, dos sentimentos, das emoções, que deve ser desenvolvida desde os mais simples gestos, nos quais é relativamente fácil colocar a decisão interior em prática" (TC 24/10/1984)*. Por exemplo, podemos analisar os nossos hábitos alimentares. Se uma pessoa não consegue dizer não a um pedaço de bolo, como poderá dizer não para um e-mail pedindo para olhar pornografia na Internet? O jejum é uma forma maravilhosa de crescer no domínio de nossas paixões. Se isso ainda não é parte da vida de uma pessoa, ela deve começar com um simples sacrifício que seja relativamente fácil de pôr em prática. À medida que se continua exercitando esse “músculo”, ela continuará vendo sua força aumentar. O que antes era "impossível" gradualmente se torna possível.
A analogia do músculo, porém, é apenas parcialmente correta. Crescer na pureza certamente exige esforço humano, mas também somos ajudados pela graça sobrenatural. Aqui, como eu disse em um artigo anterior, é fundamental distinguir entre a repressão e a entrada na redenção. Quando o desejo "se acende", em vez de reprimi-lo, empurrando-o para o subconsciente, tentando ignorá-lo, ou ainda procurando aniquilá-lo, podemos ao invés entregar as nossas paixões a Cristo e permitir que ele as "crucifique" (cf. Gal 5, 24). Ao fazermos isso, "o Espírito do Senhor dá forma nova aos nossos desejos" (Catecismo da Igreja Católica, 2764).
Em outras palavras, ao permitir que a luxúria seja "crucificada", chegamos também a experimentar a