A Vida Sexual dos Casados
Aprendemos com os filmes de amor que, quando um casal se ama, se casa e vive feliz para sempre. Não nos informaram dos obstáculos da vida em comum nem do quanto o sucesso do matrimônio depende do nosso empenho. Não nos avisaram também que dificuldades do dia-a-dia podem interferir negativamente no amor e no sexo. E mais: que os conflitos de relacionamento dos tempos de namoro tendem a se intensificar no casamento.
Se não tomarmos cuidado, passaremos as noites discutindo divergências, problemas familiares e financeiros e reclamando que não estamos tendo o retorno que esperávamos do casamento. Vamos nos esquecer de namorar, de trocar gestos e palavras de carinho, de transar.
Antes do casamento, separávamos melhor as coisas. Compartilhávamos os problemas com nossos parentes e só recorríamos ao namorado para pedir conselhos ou uma ajuda eventual. Ao se casarem, marido e mulher contam apenas um com o outro para resolver questões práticas, mas nem por isso precisam transformá-las em sua única prioridade. Casais que dedicam mais tempo a assuntos de pouca relevância amorosa tendem a descuidar da vida sexual. Relegado a segundo plano, o sexo perde a prioridade. A situação se complica ainda mais com o nascimento dos filhos.
Numa primeira etapa, é inevitável que as mães dêem toda a atenção ao recém-nascido. O instinto materno, que as impulsiona a cuidar da cria e a protegê-la, se sobrepõe ao desejo pelo marido. Ainda que natural, essa diminuição do interesse sexual pouco antes e logo depois do parto costuma melindrar os homens. Eles a compreendem, mas não deixam de se sentir rejeitados. Podem reagir negativamente demonstrando menos interesse por elas.
Mais do que tudo, é isso que explica o fato de