A metodologia da falta do que fazer
Equipe Editorial Bibliomed
No mundo todo, o uso estimado é de 6 a 9 bilhões de preservativos por ano. Mas, para proteger completamente contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), estima-se que o uso deveria ser de 24 bilhões, ou seja, mais 15 bilhões de preservativos. A redução desta defasagem entre ouso e a necessidade dos preservativos constitui um enorme desafio à saúde pública.
Qualquer pessoa sexualmente ativa—casada ou não—deve usar preservativos para evitar as ISTs, a menos que a pessoa e seu parceiro(a) sexual não estejam infectados e que ambos não tenham outros parceiros. Ao mesmo tempo, o preservativo é também um método anticoncepcional eficaz, do qual muitos casais dependem para evitar a gravidez. A necessidade de preservativos é cada vez mais urgente, tendo em vista a rápida disseminação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), causada pelo vírus HIV. Esta doença está entre as 10 maiores causas de morte no mundo e poderá, brevemente, estar entre as 5 maiores. Em 1998, cerca de 2,5 milhões de pessoas morreram de causas relacionadas à AIDS, estimando-se que 5,8 milhões—cerca de 16.000 por dia—foram infectadas pelo HIV nesse ano (266).(Para maiores informações sobre HIV/AIDS e outras ISTs, veja oquadro 1.)
Não existe uma vacina contra a AIDS e, embora os tratamentos estejam melhorando, não existe cura. Por enquanto e no futuro previsível, o único caminho para controlara disseminação da AIDS é a mudança de comportamento, inclusive o incentivo do uso de preservativos em grande escala (24, 269, 280, 491, 587).
Para reduzir a defasagem do uso dos preservativos, é preciso fazer uma abordagem estratégica e bem coordenada. Todos devem contribuir—governos nacionais, agências e entidades doadoras internacionais, organizações não governamentais (ONGs), programas de marketing social, serviços privados de saúde, educadores e comunicadores, além do setor comercial. Se o uso dos