Resenha da obra “a resistencia da mulher à ditadura militar no brasil"
Nesta obra Ana Maria Colling vai sair do tradicional que seria escrever a resistência à ditadura militar, uma história tradicionalmente de homens, e escreve como se dava a vida de uma militante, o seu papel dentro das organizações de esquerda e diante de seus agressores. Para melhor explicar à resistência feminina, a autora começa descrevendo o contexto da ditadura, para isso ela faz um recorte temporal, que vai de 1964 até 1979, quando foi declarada a anistia. Ela se reporta a esse período, pois seria a fase onde a ditadura foi mais rígida, marcada por torturas, perseguições e mortes. Em 1968, conhecido também como o ano de chumbo, cria-se o AI-5. Foi uma maneira da ditadura tomar forma, ficar mais rígida, torturar e matar mais pessoas de uma forma “legal”. Nesse momento fecha-se o congresso e passa-se por cima dos direitos dos cidadãos. A autora destaca que essa escolha militar se deu no intuito de desenvolver e conseguir fazer do Brasil “uma potência reconhecida mundialmente”. Para esse feito as portas do país foram abertas para grandes multinacionais e associados, levando em conta a sovinice tecnologia e de capital do país. Porém o ano do milagre econômico no Brasil foi o mais despótico de todo o movimento militar então organizado. O papel da esquerda nesse momento vai ser de grande importância, pois vão pressionar e se portar de maneira mais agressiva diante dessa nova ordem. Frente à ditadura militar as organizações partidárias multiplicavam-se, novas dissidências apareciam, se afastando uma das outras no campo das estratégias. A maioria adotou pela via da violência como única forma de redemocratização do país, como exemplo a ALN, PCdoB, VPR, entre outros. Excluindo-se dessa linha estava o PCB, que optou pela via pacífica para se chegar novamente a uma abertura democrática e ao socialismo. Outra forma de oposição ao regime se deu pelos estudantes