religião para dar certas interpretações a partir de princípios religiosos, masdivergem quanto à influência da religião na vida do homem.Para Marx (1844/2008) a religião deve ser combatida. Segundo ocientista social, historiador e revolucionário inglês, a religião surgiu para instalar as desigualdades, uma vez que a religião procura dar uma explicação sobre ascondições de cada ser humano.Para Marx a crítica dareligiãoé o pressupostode toda crítica social, pois crê que as concepções religiosas tendem adesresponsabilizar os homens pelas consequências de seus atos. “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo.” (Marx, 1844/2008. p. 21) O italiano Vico Giambattista, de formação católica, tem visão diferentesobre o tema. Para o filósofo, historiador e jurista nascido em Nápoles, areligião desempenha um papel relevante para a manutenção da ordem social,sendo uma ferramenta para governar os povos.(Vernant, 2008). Médico psicanalista, Sigmund Freud afirma que as civilizações usam areligião para controlar os instintos e impulsos dos seus indivíduos,estabelecendo uma ordem moral por meio das leis divinas, muito mais sólidase poderosas do que as leis humanas. Deste modo, passa-se a obedecer aospreceitos da sociedade devido o temor do castigo pela ordem divina. (Andery,2007).Weber jamais aceitou os pressupostos do materialismo histórico (teoriaelaborada por Karl Marx eFriedrich Engels)como único modelo teórico-metodológico válido para compreensão da realidade social. A sociologiacompreensiva formulada por Weber se contrapõe ao determinismo econômicoao enfatizar que nem sempre as diversas esferas da vida social derivam (ouestão subordinadas) da estrutura econômica de uma sociedade. Há casos emque ocorre o inverso, isto é, as ideias, valores éticos-marais e concepções demundo (ou seja, as representações sociais) podem desempenhar um papelcrucial na