Vida quotidiana na 2ª metade do séc, xix

ALTERAÇÕES NA SOCIEDADE
A revolução de 1820 e as políticas dos governos liberais levaram a uma nova organização da sociedade:
Nobreza – perdeu muitas regalias e direitos e apesar de continuar a ter muitas terras, era obrigada a pagar impostos e a pagar aos camponeses que trabalhassem nos seus campos.
Clero – Perdeu importância e regalias. As ordens religiosas foram extintas e as suas terras passaram a ser do Estado.
Burguesia – Passou a ser o grupo social mais importante. Aumentou a sua riqueza através do comércio, indústria e actividade bancária. Compraram muitas terras ao Estado e passaram a desempenhar cargos importantes no governo.
Povo – Perante a lei, passou a ter os mesmo direitos e deveres que os outros grupos sociais. No entanto continuou a viver com dificuldades, a fazer os trabalhos mais duros e mal pagos.

A VIDA QUOTIDIANA NO CAMPO
As pessoas que viviam no campo (camponeses) eram principalmente gente do povo. Normalmente trabalhavam em terras que pertenciam aos burgueses e a alguns nobres.
A vida quotidiana dos camponeses era dura e difícil. Trabalhavam de sol a sol, ou seja, enquanto havia luz do dia. Eram mal pagos e quase só ganhavam para se alimentarem e vestirem. As suas principais actividades eram a agricultura e a criação de gado.
O camponês e a sua família viviam numa pequena casa em que a principal divisão era a cozinha com lareira. O tipo e os materiais de construção das casas variavam de norte a sul do país em função do clima e dos materiais de construção disponíveis. Por exemplo: Casas de granito no Norte, para se protegerem do frio; Casas de calcário no Centro, porque o clima é ameno; Casas caiadas no Sul, para se protegerem do calor.
A sua alimentação era pouco variada e era constituída principalmente por pão de milho ou centeio, sopa, vinho, batatas, azeitonas, 1 sardinha e um pouco de gordura de porco. Doces só em dias de festa.
O seu vestuário variava conforme o clima e os trabalhos próprios de cada região do país.