Vida de solteiro
A vida de solteiro anda tão atribulada que não sobra tempo nem para comer direito. Não é nenhum exagero afirmar que boa parte dos brasileiros que vive sozinho acaba, mesmo sem querer, negligenciando a própria alimentação. Afinal, são tantas responsabilidades que tudo o que eles querem, no fim do dia, é chegar em casa sem escalas no supermercado.
São os efeitos da vida moderna: quanto menos tempo na cozinha, melhor. O resultado é que, no geral, na geladeira dos solteiros produtos industrializados têm prateleira cativa - o que pode não ser nada bom, mas também não é o fim do mundo.
É fato que os chamados pratos prontos ou semiprontos contêm conservantes e que se alimentar única e exclusivamente desse tipo de iguaria não é lá muito saudável. Por outro lado, já começam a aparecer no mercado produtos alternativos que se utilizam de outros processos para fazer o alimento durar mais
Em geral a alimentação dos solteiros e que vivem sozinhos consiste em hábitos alimentares diferenciados daqueles que moram com a família e convive com outros membros ao seu redor, que normalmente possuem os mesmos hábitos alimentares
A cada ano aumenta o número de pessoas que moram sozinhas. Uma recente pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ) detectou que 10% dos 56 milhões de domicílios brasileiros são habitados por uma única pessoa, ou seja, são mais de cinco milhões de pessoas morando sozinhas no Brasil.
O número de homens e mulheres que vivem sós são praticamente iguais (49,6% de homens e 50,4% de mulheres). Essa tendência não é reflexo apenas do número de jovens que moram sozinhos por conta de estudos e empregos em outras cidades. Das cerca de 5,6 milhões de "famílias uni pessoais", como diz o jargão do IBGE, mais de 87% estão na faixa etária acima dos 30 anos, ou seja, a maioria se encontra na faixa economicamente ativa, com maior poder de compra.
Esse novo tipo de consumidor revelado por pesquisas, geralmente consomem pratos