Solteiros e solteiras convictos
Uma celebração à solteirice? Uma retaliação ao Dia dos Namorados? Para os mais supersticiosos, a data pode parecer até meio cabalística, mas o fato é que 13 de agosto é o Dia do Solteiro. É incrível como a escolha por viver sozinho, mesmo em tempos de relacionamentos considerados modernos — casais vivendo em casas separadas, gente que abre mão do casamento e opta pela união estável e uniões homossexuais — continua sendo cercada de pequenos tabus e vergonhas.
A ideia desta reportagem era fazer uma entrevista idêntica com um solteiro convicto de cada sexo. Por um golpe de sorte (ou não), nosso solteiro, Daniel Boppré, surgiu em alguns minutos. O desafio, então, era achar uma mulher, alguém que pudesse fazer um contraponto feminino e mostrar como cada um dos gêneros encara a solteirice. Começou o problema.
Algumas candidatas consideraram que, ao responder às perguntas estariam se expondo demais e, por isso, declinaram do convite.
Foi quando Amanda Miranda apareceu. A descolada professora de 28 anos topou participar e nos ajudar a entender como é ser sozinho...ou sozinha.
:: "Custa entender que eu quero ficar sozinha?"
Você se considera uma solteira convicta? Por quê?
Sim! Porque não tenho vergonha de responder a perguntas do tipo: "e os namorados?", "e casamento, pra quando?", "não tem paquerinhas?". Minha resposta é sempre a mesma: não tenho e não estou procurando.
Ser solteira é uma escolha de vida ou pura falta de opção?
No momento é uma escolha de vida. Quando você emenda namoros desde a adolescência, como foi o meu caso, às vezes não tem tempo para descobrir como a vida é boa quando se pode usufruir da liberdade irrestrita. Mas a solteirice também pode ser falta de opção, quando você não curte estar sozinha ou sente falta de um companheiro, mesmo que ele não tenha nada a ver com você.
Qual foi o último relacionamento que você teve? Quanto tempo durou?