Vida de homem e mulher
Ele: “Fico tão feliz quando ela topa sair comigo e reconhece como me esforço para crescer na vida”
Observo que o condicionamento machista que recebemos por muito tempo imprimiu em homens e mulheres uma limitação específica do comportamento de gêneros.
Parece que o amor feminino espera receber algo e o amor masculino espera ser reconhecido naquilo que faz.
Na hora da paquera isso é ainda mais nítido, pois costuma ser o olhar masculino que valida o assédio que é recebido gentilmente pela mulher. Mais uma vez ela recebe a ação e ele atua.
Quando o relacionamento deslancha costumam brigar por motivos diversos.
Ela: “ele não se comunica comigo, não diz que me ama!” (se queixa mais uma vez que não recebe algo dele)
Ele: “ela está sempre me cobrando por tudo e já não sei mais o que fazer para agradá-la” (ele se sente impotente em dar algo de si)
Ainda que homens e mulheres possam ter falas como essa parece que ainda assim a frequencia maior ainda reflete como estamos um pouco aprisionados nesse modelo.
É como se implicitamente ela dissesse: “o que eu tenho para receber (amor, carinho, atenção, cuidado) ele não quer me dar” e ele diz: “o que eu tenho para dar ela não já não quer mais receber”.
Na hora do ciúme esse padrão se repete, pois a mulher costuma desconfiar: “o que será que ele está FAZENDO para aquela vagabunda, por que não me dá atenção”, ou seja, tudo é validado pelo que ele oferece e ela recebe.
Se o homem está calado ela questiona: “o que você tem?” (por que não oferece o seu olhar e sua fala para mim?), se ela está calada ele pensa com sorriso nos lábios: “ela parece calma” (acho que está saciada com o que tenho a oferecer).
Numa disputa amorosa com outra mulher tenta se colocar na frente da outra mulher para que ele a OLHE. Na disputa com outro cara o homem tenta fazer algo que impressione a mulher para que ela volte a reconhecer o que