vida consagrada
Na situação atual de ambientes cada vez mais plurais, há uma busca constante em solucionar o problema consequente de inserção de homens e mulheres num todo, que abranja a totalidade da pessoa em relação de comunhão com o todo. As realidades de valores e os contravalores que fermentam numa época ou num ambiente cultural, e as estruturas sociais que os revelam, pressionam à porta da vida de todos, inclusive da Igreja e de suas comunidades religiosas. Com isso, fica evidente que o tema espiritualidade da comunhão surge como uma resposta a essa relação interpessoal dos indivíduos. Para melhor entender essa abordagem da espiritualidade da comunhão, se faz necessário a explanação dos seguintes conceitos: vida consagrada religiosa, espiritualidade e koinonia.
Logo desde os princípios da Igreja, houve homens e mulheres, que pela prática dos conselhos evangélicos procuraram seguir Cristo com maior liberdade e imitá-lo mais de perto, consagrando, cada um a seu modo, a própria vida a Deus. Muitos deles, movidos pelo Espírito Santo, levaram vida solitária, ou fundaram famílias religiosas, que depois a Igreja de boa vontade acolheu e aprovou com a sua autoridade (VATICANO II, 1962-1964, PC n.1). Num sentido de doação de si mesmo a Deus, ensino o Catecismo da Igreja Católica,
Pelo estado de consagração a Deus, a Igreja manifesta Cristo e mostra como o Espírito Santo age nela de maneira admirável. O estado da vida consagrada aparece, portanto, como uma das maneiras de conhecer uma consagração "mais íntima", que se radica no Batismo e se dedica totalmente a Deus. Na vida consagrada, os fiéis de Cristo se propõem, sob a moção do Espírito Santo, seguir a Cristo mais de perto, doar-se a Deus amado acima de tudo e, procurando alcançar a perfeição da caridade a serviço do Reino, significar e anunciar na Igreja a glória do mundo futuro (1992, n. 916).
Nessa compreensão do seja a vida consagrada, ajuda a entender também o termo espiritualidade. Segundo