Amizade
1. A amizade na vida consagrada como apelo e como problema; 2. O que é uma amizade; 3. Traços característicos da amizade; 4. Discernir o tipo de amizade; 5. O crescimento da amizade; 6. Indicações práticas.
1. A amizade na vida consagrada como apelo e como problema; Ter um amigo(a), viver uma amizade é aceito por todos como um grande bem. Com razão se diz: “Quem encontra um amigo, encontra um tesouro”. Encontrar este tesouro é a aspiração profunda de cada pessoa em todas as fases da vida. Tantas escolhas vem sendo feitas exatamente para encontrar este tesouro precioso. Isso, que é verdadeiro para cada pessoa, é ainda mais verdadeiro para as pessoas consagradas e aquelas, as quais, que para a vida consagrada se preparam. Na verdade viver o celibato pelo Reino, enquanto traz a renúncia do uso da sexualidade genital, a intimidade do casal, a paternidade/maternidade segundo a carne, pede indispensavelmente poder viver e viver de fato amizades verdadeiras e genuínas. Sem isso não é possível viver uma vida consagrada por aquilo que é constitutivamente, a saber, o apelo a dar-se a Deus, ao seu Reino e aos outros por amor a Jesus e do Evangelho com todo coração, no viver quotidiano. A amizade suficientemente verdadeira oferece a esta vocação alimento, confirmação, verificação, ajuda, sustento. Mas o iniciar de fato, amizades genuínas tanto é um pedido insistente, interno à pessoa e próprio da vida consagrada, quanto difícil. Não se atinge automaticamente este objetivo. De fato há vários tipos de resistências que tornam laboriosa a sua concretização. Às vezes há dificuldades para abrir-se a uma amizade verdadeira, por causa de imaturidades ou pelo escasso desenvolvimento afetivo, ou pelos bloqueios de comunicação presentes. Dureza e rigidez relacional marcam-no. Outras vezes parece encontrar-se diante de uma amizade, mas requer-se fazer um discernimento. Na verdade existem amizades e amizades. Nem tudo que se